terça-feira, 6 de junho de 2017

Chambord recupera o esplêndido manto de seus jardins

Chambord e seus jardins restaurados.
Chambord e seus jardins restaurados.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





O castelo de Chambord voltou a exibir seus esplendorosos jardins à francesa, mercê de um mecenas estrangeiro, noticiou Francetvinfo.

Esses jardins eram considerados no século XVIII um modelo de perfeição, até que a Revolução Francesa e seus sucessores os relegaram à morte.

O ódio igualitário se abateu contra as flores aristocráticas, os desenhos superiores, os panoramas evocadores do Céu Empíreo.

Um mundo de amadores de todas as classes sociais ali se deliciava com um reflexo da beleza divina do Supremo monarca e Criador do universo.

A Revolução do democratismo chulo condenou esses jardins a um lento e desgastante abandono. No fim, só ficou um gramado gigante onde todas as folhas são iguais.

Mas no século XXI, cientes da feiura do crime e da torpeza praticada, estudiosos saíram à procura dos planos do passado e os exumaram conscienciosamente. E assim refizeram o mapa das belezas vegetais dos tempos reais.

“Graças às pesquisas arqueológicas, levantando o gramado pudemos encontrar os canteiros das plantações. Encontramos todos os blocos de terra que estavam plantados”, explicou Pascal Thévard, engenheiro-chefe do canteiro de obras para restaurar o maravilhoso.

É um dos maiores canteiros da Europa nos presentes dias. Custou 3,5 milhões de euros e foi financiado por um mecenas americano mais sensível à beleza que os herdeiros do prosaísmo revolucionário.

Foram necessários cinco meses de trabalhos com grandes equipamentos, num exercício de alta precisão e com margem de erro de quase um centímetro.



Chambord: fases da restauração dos jardins.
Chambord: fases da restauração dos jardins.
Foram replantados mais de 1.500 árvores e arbustos.

Envolto numa majestosa parure de flores e formas clássicas, triunfo da inteligência associada à natureza, o castelo de Chambord pode agora receber os mais de 850.000 visitantes que o visitam todo ano.

A revista “Connaissance des Arts” lembra que os jardins de Chambord foram imaginados na época de Luís XIV e realizados no século XVIII.

O desenho que está sendo restaurado é de 1734. Ele sobreviveu durante mais de dois séculos até cair no abandono.

O projeto visa à restituição na sua autenticidade dos únicos jardins estruturados que existiram historicamente no local.

As pesquisas dos documentos, as prospecções geofísicas e arqueológicas, os estudos paisagísticos e arquitetônicos, as descobertas dos locais dos parterres, das fileiras e dos recantos de árvores demoraram dezesseis anos.

Mas eis o magnífico tapete vegetal que ressurge, segundo o plano original.

Os jardins ocupam seis hectares e meio até o pé da fachada norte do castelo. Eles estão compostos por mais de 600 árvores, 800 arbustos, 200 roseiras e 15.250 plantas para marcar as margens floridas, além de 18.874 m2 de gramado, acrescentou “Connaissance des Arts”.

Chambord uma das salas interiores restauradas no século XIX
Chambord uma das salas interiores restauradas no século XIX
A revista “Paris Match” destacou que se trata de um dos mais belos castelos mandados construir pelos reis da França.

É uma das obras-primas da arquitetura da Renascença, que conservou a estrutura fundamental de um castelo medieval.

Situado no coração do vale do Loire, Chambord surgiu em meio a terras pantanosas da região de Sologne, no outono de 1519.

O rei Francisco I gostava de caçar e quis um castelo para se refugiar no meio de uma floresta cheia de animais selvagens.

Ele morreu em 1547, sem vê-lo acabado. Seus sucessores continuaram os trabalhos, até que, por fim, Luís XIV impôs sua marca no exterior e mandou fazer os jardins no norte e no leste do castelo. Luís XV mandou formar alas com árvores e recantos ou bosquets.

Mas, após um século conturbado de revoluções e democratismo, por volta de 1930 dos jardins à la française só ficavam espaços rasos preenchidos por gramados e uma remota saudade do que tinha existido.

Stephen Schwarzman, mecenas americano que favoreceu muito o Museu do Louvre, doou os recursos para restaurar o conjunto dos jardins na parte dianteira do castelo, assim como os tinham desejado o Rei Sol.

O projeto “Les Jardins à la Française” é dirigido por Jean d'Haussonville, responsável pela manutenção do castelo, hoje propriedade do Estado.

A abertura dos novos-antigos jardins aconteceu em abril, na primavera francesa, evocando tempos da Civilização Cristã, em que a monarquia convivia em íntima união com o espírito que a Igreja Católica irradiava a mancheias.















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