quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Vitré: super-castelo sublimado, reflexo de Deus

Para além da realidade, Vitré sugere um trans-castelo que existe numa trans-esfera
Vitré sugere um trans-castelo que existe numa trans-esfera além da realidade
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








Vitré é um castelo-palácio fortificado na Bretanha, França.

O primeiro castelo, em pedra, foi construído no século XI pelo Barão Robert I de Vitré sobre um promontório rochoso que domina o vale do Vilaine.

Por volta do ano 1000 foi substituído por um castelo de madeira, até que no século XIII o Barão André III lhe deu a sua forma atual.

O domínio passou em razão de casamentos para a família dos Condes de Laval, que aperfeiçoaram as defesas da fortaleza.

Castelo de Vitré: convida a algo mais que supera seu aspecto material
Castelo de Vitré: convida a algo mais que supera seu aspecto material
As reformas dos séculos XV e XVI visaram ao conforto e à construção de um oratório em 1530.

Naqueles séculos a vida familiar era tão mais importante do que a vida política, que o Parlamento da Bretanha procurou refugiou no edifício dos condes em três ocasiões (1564, 1582 e 1583), quando epidemias de peste flagelaram Rennes, capital da Bretanha.

Entre 1547 e 1605, as famílias Rieux e Coligny, proprietárias do castelo, adotaram o culto protestante e o castelo serviu de bastião para o flagelo huguenote.

Em 1605, o castelo passou a ser propriedade da família católica de La Trémoille.

As torpezas ideológicas da Revolução Francesa transformaram esse símbolo histórico em prisão departamental e depois em quartel militar.

Olhando para esse castelo, as impressões nos encaminham para algo que é ainda mais do que seu aspecto material que entra pelos olhos.

Subconscientemente pensamos em um super-castelo que não existe, mas que em rigor poderia existir. E então gostamos de pensar nesse supercastelo ideal.

Como ele seria?

Esse super-castelo, esse trans-castelo, só existe na nossa mente.

Castelo de Vitré: enche de um gaudio que convida ao Céu
Castelo de Vitré: enche de um gaudio que convida ao Céu
Só na nossa mente? Não!

Existe na mente de muitos outros, e de um modo até muito diferente.

Então, esse trans-castelo tem uma certa existência.

Ele existe numa esfera que não é a terrena. Poderíamos chamá-la de trans-esfera.

E essa trans-esfera pode ser objeto de uma análise do ponto de vista filosófico e teológico.

O que é esta trans-esfera dos castelos ideais que não existem materialmente?

 Não é uma esfera nova da realidade, mas algo que o espírito humano concebe como um produto do espírito.

Ela existe na inteligência do homem.

Vitré é um exemplo de um prédio material gerado pela Cristandade e que eleva nosso espírito para a consideração dessa trans-esfera.

E essa consideração nos enche de um gaudio do Céu, discreto mas convidativo, quando contemplamos as torres e muralhas de Vitré.





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3 comentários:

  1. Tenho uma dúvida : o Castelo de Vitre possuiu muralhas?

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  2. Eliane,
    sem dúvida teve uma muralha exterior bem grande. As referências históricas de assaltos e outros episódios de guerra mencionam. Entre o castelo e essas muralhas exteriores se desenvolveu a cidade. Essa ainda existe, pois na praça diante do castelo hoje sede da prefeitura, havia diversos prédios.
    O crescimento das cidades e o absolutismo real que não queria praças fortes derrubou os recintos amuralhados de quase toda a França, infelizmente, de maneira que os recintos que ficam são exceção.
    atentamente,
    Luis

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